São José dos Campos (SP), segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024, por Marcos Eduardo Carvalho – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se tornou ‘persona non grata’ em Israel nesta segunda-feira (19). Isso por conta das declarações polêmicas que fez no final de semana sobre a Guerra do país contra o Hamas, em Gaza.
No encontro com países africanos, na Etiópia, Lula comparou a reação de Israel contra os terroristas em Gaza ao Holocausto. E disse que o exército israelense está agindo como Adolf Hitler fez durante a Segunda Guerra Mundial.
Desta maneira, a reação do governo israelense de repúdio foi imediata. E toda a comunidade judaica no Brasil também reprovou as declarações do presidente da República.
Israel diz que não perdoará Lula
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, foi quem anunciou que Lula se torna ‘persona non grata’ no país nesta segunda. Antes, no domingo (18), o próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia repudiado as declarações do petista e disse que o mesmo ‘cruzou uma linha vermelha’.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o regime nazista alemão exterminou mais de 6 milhões de judeus, no genocídio que ficou conhecido como o Holocausto. Inclusive, esse acontecimento incentivou e acelerou a criação do estado judeu no Oriente Médio, após o final da guerra, em 1945.
Agora, Lula terá que se retratar sobre o que disse na África. Caso contrário, o ministro israelense disse que não perdoará o presidente brasileiro.
“Não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”.
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Presidente já tinha criado polêmica
Antes dessa comparação com o nazismo, Lula já tinha causado polêmica com a comunidade judaica. Isso porque subscreveu um documento do governo da África do Sul, acusando Israel de genocídio em Gaza.
No dia 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas invadiram o território israelense e mataram mais de 1.000 pessoas. Isso sem contar os estupr0s registrados na região.
Então, o governo de Israel declarou guerra contra o Hamas, um grupo que prega a destruição do estado judeu. Desde então, o exército israelense vem atacando a Faixa de Gaza para destruir as instalações do grupo terrorista, em ação que é condenada por Lula e países como o Irã.
Na noite de domingo, o Itamaraty enviou uma nota à imprensa justificando as falas de Lula, mas sem citar a comparação com o nazismo. E ainda disse que o presidente condenou os ataques do Hamas a Israel. “O fez diversas vezes. E se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza”.
