Maite Schneider, uma das pioneiras do ativismo LGBTQI+ no Brasil, embora não queira ser lembrada como uma transexual, conforme declarou no documentário ‘Ser Mulher’, continua trabalhando a temática para fortelecer e estimular a auto aceitação, conforme post de ontem (27), em seu Instagram.
Maite Schneider detalhou tudo o que tentava esconder em seu corpo, que passava por transformações e sofria duras críticas: “SÓ PARE…. Quantas vezes, me escondi por vergonha de quem eu era. Usava sempre muita maquiagem, não por gostar, mas para esconder o que apontavam ser feio em mim. Usava sempre cabelo gigante, não como moldura do meu rosto, mas justamente para escondê-lo e mostrar o mínimo possível.”
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“Usava sempre muita roupa (mesmo sendo verão) e nenhum decote (mesmo gostando) para ter o máximo de invisibilidade. Usava sempre calça jeans, por ter vergonha das pernas finas e tortas, que me falaram que eu tinha. Não usava biquini, nem maiô em praias ou piscinas, por falarem que eu ficava ridícula e que eu não tinha noção. Não gostava de conversar e nem fazia perguntas das dúvidas que eu tinha, pois falavam que o tom da minha voz não era agradável e que eu tinha “voz de pato”.”, continuou.
“Não usava o cabelo preso e nem o prendia, pois falavam que aumentava minha “cara de cavalo”. Não usava sandálias, só sapatos fechados, pois falavam que meus pés eram grandes e estranhos.”, finalizou Maite, sobre tudo o deixou de fazer.
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Com o tempo as coisas mudaram e Maite revisou suas atitudes. Buscou naquilo que incomodava as pessoas, uma inspiração para se fortalecer: “E assim foi durante MUITO tempo em minha vida, Mas HOJE, já faz um tempo, eu aprendi a ser forte justamente nas fraquezas que me apontavam. Hoje amo minha “cara de cavalo”, minha “voz de pato”, pinto, corto, e prendo o cabelo como quiser. Mostro minha cara limpa quando tenho vontade, e também me “monto” quando estou afim.”
“SÓ PEÇO QUE PARE, de deixar que o mundo à sua volta diga pra você o que você precisa fazer. SÓ PEÇO QUE PARE, de não aceitar sua beleza, para estar enquadrade, em algo que você nunca quis e nem foi teu. Não foi teu, pelo simples fato de não ser você!”, encorajou Maite.
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