São José dos Campos (SP), terça-feira, 26 de março de 2024, por Marcos Eduardo Carvalho – O governo do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, entrou em rota de colisão com o governo brasileiro. Apesar do alinhamento político entre ele e o governo do presidente Lula (PT), o ditador se mostrou insatisfeito nesta terça-feira (26) e repudiou comunicado do país.
A Venezuela de Nicolás Maduro foi contra um comunicado do Brasil criticando o processo eleitoral no país vizinho. E disse se tratar de uma posição ‘cinzenta e intervencionista’.
Inclusive, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela sugeriu que o comunicado brasileiro parecia ter sido ‘ditado’ pelos Estados Unidos. Vale lembrar que venezuelanos e norte-americanos vivem em desentendimentos políticos.
Venezuela de Maduro fala em ignorância
Ainda em duras declarações contra o Brasil, o governo de Nicolás Maduro na Venezuela afirmou que o comunicado tem muito ‘preconceito’. Além disso, também mostraria profundo ‘desconhecimento sobre a realidade política da Venezuela.
O Brasil criticou a decisão do governo venezuelano de não aceitar o registro da candidatura de uma opositora nas eleições presidenciais. E ainda afirmou que tal decisão da ditatura venezuelana não seria compatível com o Acordo de Barbados.
Corina Yoris, indicada pela líder opositora María Corina Machado, tentou se inscrever para concorrer nas eleições. Mas, não conseguiu e foi barrada pela Justiça Eleitoral do país vizinho. Inclusive, a própria María Corina já estava impedida de participar do pleito, indicando sua substituta.
Desde que Hugo Chávez assumiu o comando da Venezuela, ainda na década de 1990, o grupo atual está no poder. Mas, Chávez morreu, Maduro assumiu e, desde então, vem se mantendo no poder, ganhando eleições sempre contestadas pela comunidade internacional.
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Acordo previa mais transparência
O chamado Acordo de Barbados foi assinado no ano passado, como um entendimento entre o ditador Nicolás Maduro e a oposição na Venezuela. E esse diálogo teve a mediação da Noruega, além do Brasil.
Isso previa maior garantias de transparência para as eleições presidenciais do país neste ano. No entanto, o governo brasileiro acusou a Venezuela de desrespeitar esse acordo. E isso gerou a bronca do governo de Nicolas Maduro.