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Gali Galó narra o surgimento do Queernejo, o sertanejo LGBTQIA+

Reprodução do Instagram de Gali Galó

Gali Galó, ‘cantore’ e ‘compositore’ do gênero sertanejo, contou ontem (21) em seu Instagram, por meio de uma narrativa em terceira pessoa, como conheceu outros artistas LGBTQIA+ do meio e deram início ao movimento Queernejo. 

A sigla LGBTQIA+ engloba pessoas de diversas orientações sexuais e/ou identidade de gênero. De uma forma simplista, já que classificar pessoas conforme itens subjetivos é uma tarefa quase irrealizável, o grupo é composto por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis, Transgêneros, Queer, Intersexo e Assexuais. O ‘+’ abarca qualquer outro indivíduo que não tenha se sentido representado por nenhuma das alternativas anteriores, seja isolada ou associada a outra ali descrita.

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Sendo assim, Gali Galó contou como o seu caminho se cruzou com o de outros artistas do Queernejo. Jovens que cresceram sofrendo preconceitos em cidades do interior e viram como opção os grandes centros, para ver se algo mudaria, acabaram se encontrando e se fortalecendo por suas semelhanças artísticas, a ponto de criar um novo estilo musical.

“Provavelmente nenhum dos quatro era popular no colégio. “Viadinho!”, “Mina-macho!” eles ouviam nos corredores de uma cidade do interior. Um dia a vida lhes levou a enfrentar a cidade grande, não puramente por escolha, mas por falta de opção. A sociedade não perdoa e não elege heróis “afeminados” ou heroínas “machonas” – que dirá heroínes fluidos – pensavam. Pois bem que um dia se encontraram pelos corredores da vida e sentiram que não estava sós. Tinham uns aos outres. Parece primeiro capítulo de uma série, mas é um pouco da história do Queernejo.”, contou Gali Galó.

Galeu, Reddy Allor, Gali Galó e Alice Marcone - Reprodução do Instagram de Gali Galó
Galeu, Reddy Allor, Gali Galó e Alice Marcone – Reprodução do Instagram de Gali Galó

“O bonde é certeiro. Amo vocês @eugabeu @alice.marcone @reddyallor e outros desse movimento lindo que tá me dando esperança todos os dias.”, declarou Gali, mulher lésbica não-binária, fazendo referência a Gabeu, homem gay, filho do cantor Solimões; Alice Marcone, mulher trans e Reddy Allor, drag queen; todos cantores.

“O Brasil vai ter que ouvir novas narrativas. E dessa vez a inclusão e a diversidade vão cobrar, finalizou Gali, que provavelmente se referia a força do movimento LGBTQIA+, impulsionada pelas redes sociais, assim como a de outros, que não encontram nas mídias tradicionais, a oportunidade de expor sua arte e filosofia.

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