Nesta madrugada (04), Leandro Karnal, historiador e professor da Unicamp, mostrou dois novos livros de sua biblioteca, em seu Instagram, e detalhou os prazeres e benefícios da leitura, ao longo de sua vida, incentivando o hábito de ler e de doar livros.
Desde jovem, Karnal já sentia boas sensações quando lia e ficava ansioso, pois sabia da quantidade de conhecimentos para ter contato. “Chegaram duas novas biografias! Na juventude, eu ficava nervoso com a quantidade de livros por descobrir.”, contou o filósofo, que atualmente, compreende a avalanche de informações com outro olhar.
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“O tempo passou. Hoje entendo de forma diferente. Livros grandes vão proporcionar prazer por mais tempo, com mais informações, fazer pensar por alguns dias e me levar a descobertas surpreendentes.”, disse Karnal.
Ao aprender a trabalhar a ansiedade, o professor passou a vivenciar as leituras nas quais está inserido em determinado momento, deixando de lado a angústia de ter que abraçar um mundo cheio de lançamentos que nunca param. “Não preciso conhecer todos os autores do mundo, porém terei prazer naqueles com os quais eu tiver contato. Cheiro o papel, contemplo a capa e antecipo a alegria do diálogo que terei com as páginas.”, explicou Karnal, serenamente.
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“Charles de Gaulle, uma biografia (Julian Jackson, Zahar) e Churchill, caminhando com o destino (Andrew Roberts, Cia das Letras): temas relevantes em duas edições muito bonitas. Depois de lidos, não serão guardados. Emprestarei a amigos e, por fim, doarei a alguma biblioteca. Não formo mais biblioteca privada. Livro parado é papel; livro sendo lido é semente. Agosto ficou mais bonito!”, afirmou, feliz.
Descrever o prazer e os benefícios da leitura, assim como a doação de livros, nitidamente são formas de estimular a busca pelo conhecimento intelectual. Nos comentários, alguns seguidores, que já admiram a erudição do professor, falaram sobre a relação que tem com os livros.
“Belas palavras:” Livro parado é papel”.Sou professora alfabetizadora e pra nós livro precisa circular,leitura coletiva sempre!”, disse a educadora, que já pratica o compartilhamento da leitura. “Admiro quem consegue ter esse desapego com os livros. Eu mesmo sou muito ciumento deles”, confessou esse a sua dificuldade.
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