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Humorista Maíra Azevedo dá tapa na cara da sociedade: é preciso estudar

Instagram Maíra Azevedo

Na manhã desta segunda-feira (17), a jornalista Maíra Azevedo, conhecida nas redes sociais como Tia Ma, fez uma postagem em sua conta do Instagram, na qual deu um ‘tapa na cara da sociedade’. As palavras foram sobre protagonismo negro e a humorista aproveitou para dar uma mini aula para quem quer entender mais sobre o assunto.

“Existe uma necessidade enorme de ficar bem na fita e mostrar que se preocupa com a questão racial, mas sem fazer nenhum esforço para entender as mazelas da negritude. Não querem estudar.”, escreveu Maíra Azevedo em um trecho do texto.

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Instagram Maíra Azevedo
Instagram Maíra Azevedo

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“O correto é preto ou negro?” “Eu sempre gostei de coisas da cultura africana, sou uma branca de alma negra”, “Eu morro de inveja dessa cor de vocês, pega bronzeado rapidinho”, “Mas você não acha que o próprio negro se discrimina”, “sei que existe racismo, mas eu também acho que está melhorando. E eu acho que tem gente que exagera”, “mulher branca pode usar tranças?”.

Essas são algumas da mensagens que eu recebo de gente, que de forma sincera, se considera aliada da luta antirracista e tem a certeza que esse tipo de comentário fortalece a população negro. É o novo tapinha nas costas em forma de palavras.

Existe uma necessidade enorme de ficar bem na fita e mostrar que se preocupa com a questão racial, mas sem fazer nenhum esforço para entender as mazelas da negritude. Não querem estudar. Escolhem uma pessoa preta para ser seu “WIKIPRETO” e acredita que isso é o suficiente para atestar sua carteirinha de militante da luta antirracista, isso quando não tiram da cartola um avô negro, por parte de pai.

Ter dúvidas é super comum, mas como em qualquer outro debate é preciso estudar, se debruçar em uma literatura que fale da questão racial e, em especial, produzida por intelectuais negras e negros, que explica todas as suas dúvidas.

Encher o seu amigo negro de perguntas, sem saber se essa pessoa se sente confortável em responder, se ela quer, ou se sabe, é mais uma das vertentes do racismo, que faz quem é branco olhar para quem é negro e acreditar que quem tem a pele escura está sempre de prontidão para servir.”

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