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Leticia Sabatella conta a história de dois cineastas que passaram meses em uma aldeia indígena

Leticia Sabatella - Imagem reproduzida do Instagram

Ontem (22) a atriz Leticia Sabatella repostou em seu Instagram o trailer do filme ‘Chuva é cantoria na aldeia dos mortos’. Gravado por dois cineastas que passaram meses na aldeia Krahô, o filme mistura pouca ficção a uma realidade indígena que grita por socorro.

Na legenda de Leticia Sabatella, poucas, porém objetivas palavras, resumem a relevância dessa obra: “Imperdível! A Experiência cinematográfica mais fascinante!”. O post original é da conta ‘Salve Krahô’, que “foi criada com a finalidade de fortalecer as iniciativas do povo Krahô no combate a Covid-19.”

Sinopse

Chuva é cantoria na aldeia dos mortos aborda  temas profundos como a morte, o luto e o xamanismo na intimidade de uma família Krahô. Misturando ficção e realidade conta a história de Ihjãc, um jovem que vive o luto pela morte do pai e precisa realizar a festa Pàrcàhàc, que encerra o luto da família e libera a alma para seguir rumo à aldeia dos mortos.”, escreveu Salve Krahô.

“Mas enquanto se prepara para realizar a festa, Ihjãc tem um encontro inesperado com uma arara que quer transformá-lo em pajé. Tentando fugir de ser capturado pela arara, Ihjãc parte para a cidade onde outros encontros amedrontadores o esperam.”, continuou.

Cena do filme 'Chuva é cantoria na aldeia dos mortos' - Imagem reproduzida do Instagram
Cena do filme ‘Chuva é cantoria na aldeia dos mortos’ – Imagem reproduzida do Instagram

A experiência dos cineastas

A conta dos Krahô explicou que o longo período que os cineastas passaram na aldeia, sendo inclusive batizados conforme a cultura indígena, possibilitou que um retrato muito real do cotidiano fosse registrado nas filmagens:

“A naturalidade do cotidiano Krahô mostrada no filme é resultado da relação familiar que eles mantém com os diretores Renée Nader Messora  e João Salaviza. Batizados como Patpro e Wywy, vivem há anos grandes períodos de suas vidas na aldeia e isso possibilitou que a enorme câmera, que eles usaram para filmar em película, parecesse uma brincadeira.”

Festival de Cannes

“Sem nenhuma equipe especializada, com a ajuda dos próprios mẽhi e do professor e indigenista Vitor Aratanha, eles registraram a beleza do Cerrado e do povo Krahô. Premiado em vários festivais internacionais,  recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes onde levou o grito que se faz ainda mais urgente: Parem o genocídio indígena!, suplicou Salve Krahô.

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