Nesta quinta feira (13) a jornalista Glória Maria declarou em entrevista ainda nos dias de hoje ser alvo de preconceito. A jornalista que também é um dos maiores nomes da profissão no cenário nacional também é uma mulher negra, o que por si só a faz alvo de críticas até mesmo nos dias de hoje.
Na entrevista cedida à também jornalista Marília Gabriela, Glória Maria fala sobre as outras nuances do racismo. Isso porque, segundo Glória Maria, à partir do momento em que ela foi se elaborando enquanto pessoa.
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Se tornando alguém com o pensamento e profissão mais refinados os ataques sofridos também ficaram mais sofisticados. Afinal, pouca coisa se pode dizer diante de uma carreira tão brilhante como a da jornalista.
Bem sucedida e segura de si, poucas coisas podem afetar sua autoestima ou mesmo sua credibilidade, e simples ataques se tornam inúteis, sendo assim, pessoas com o pensamento racista precisam se articular para atingi-la, e se articulam.
Glória Maria, também fala de como a idade tem influência sobre como se lida com o racismo. A jornalista, que tem sua carreira marcada por viagens conta que em outros países essa situação não é tão acentuada em outros locais, apesar de existir, afinal, se trata de toda uma sociedade racista.
A jornalista contou a Marília Gabriela, que infelizmente, até os dias de hoje, apesar de todos os anos de trabalho delicados à televisão, precisa se provar enquanto profissional capacitada, o que não acontece com outros colegas.
Glória Maria também conta da relação das suas filhas, ambas negras, com esse preconceito. E como pode ser difícil lidar com um “mundo branco”.
Os jornalista também contou do hábito de viajar para países como a Jamaica afim de mostrar para suas filhas, que existem sim locais onde pessoas negras são maioria, e também que a divisão não é necessária.
Além disso, Glória Maria falou de sua infância, que foi simples. E fala sobre seus antepassados, e o fato de que um deles foi “laçado” nas terras de Minas Gerais, e como essa situação a deixava com a sensação de que precisava se defender. Em um trecho a jornalista reflete “não tem como eu me defender da minha dor”.
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Glória Maria fala sobre importância da terapia
Logo, Glória Maria fala sobre a importância da terapia e de estudar sobre racismo para poder entender os processos que levam este preconceito. Apesar de toda sua garra, a jornalista alegou desesperança em relação à “solução” do racismo.
Em uma das perguntas, Glória Maria diz: “os negros são vistos como inferiores”, sendo a jornalista uma das primeiras pessoas a usar a lei Afonso Arinos, referente a discriminação de pessoas em determinados estabelecimentos em detrimento de sua cor de pele ou etnia.
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