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Colunista Djamila Ribeiro compartilha trecho de depoimento de ativista negra Lélia Gonzalez e emociona internautas

Djamila Ribeiro / Reprodução instagram

Na noite desta terça-feira (28), a colunista Djamila Ribeiro usou a sua conta do Instagram para falar um pouco sobre ser negra. Para isso, a jornalista usou um trecho de um depoimento de uma das mais famosas ativistas negras internacionais de todos os tempos, Lélia Gonzalez.

O texto postado por Djamila Ribeiro fala sobre ‘se tornar negra’, pois, segundo Lélia Gonzalez, ‘não se nasce negro, se torna negro’. Para a ativista, em uma sociedade racista, na qual a tendência é embranquecer todo mundo, o processo de aceitação da negritude é lento e, muitas vezes, duro.

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Djamila Ribeiro / Reprodução instagram
Djamila Ribeiro / Reprodução instagram

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“Nascemos corpo numa teia de significados sobre os quais não temos o menor controle. A identidade é uma construção permanentemente impermanente – isto é, não é estável e a identidade negra, como continua Lélia em seu raciocínio, não é uma coisa pronta ou acabada. A consciência da própria negritude é um fator necessário para a luta antirracista. Em outras palavras, não basta ser negro para lutar contra o racismo.

É por isso que insistimos na importância de reconhecer os limites da representação, inclusive. Ser negra é afirmar-se politicamente num país onde epistemologias surgidas dessa matriz são historicamente apagadas, onde essas mulheres estão nos mais baixos patamares de poder econômico, o que influi diretamente na capacidade de enfrentamento à hegemonia branca intelectual e política.

Descobrir-se negra é um caminho muitas vezes doloroso, pois será necessário despir-se das camadas de branqueamento incutidas pela estrutura colonial, patriarcal e capitalista. Num país onde o ódio às mulheres negras é tão arraigado, descobrir-se negra se apresenta como uma tarefa muito difícil, porém a demanda das nossas ancestrais, que tanto lutaram para que chegássemos até aqui, nos encoraja a percorrer essa desafiadora caminhada. A frase destacada no texto está num depoimento de Lélia Gonzalez, um dos maiores nomes internacionais do feminismo negro.”

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