A preocupação de quem tem o nome sujo para conseguir ou não um emprego é normal, principalmente em um país com mais 60 milhões de pessoas negativadas. Para entender o aspecto legal desse problema acompanhe este artigo publicado nesta sexta-feira, 11 de março, que vai tirar todas as suas dúvidas.
A dificuldade consiste em conciliar o aspecto legal da questão, com a situação real de um país com cerca de 12 milhões de desempregados. Por isso, a redação do Humor do Mercado preparou esse texto que expõe os dois lados da questão, contribuindo para que o leitor entenda a sutileza do problema.
A lei proíbe que uma empresa recuse a contratação de alguém pelo fato do seu nome constar na lista de negativados, a menos que essa empresa atue no ramo financeiro. O problema é que a lei proíbe, mas não impede de fato, já que não tem como fiscalizar.
Quem tem o nome sujo é raramente escolhido para a vaga
Quando surge uma vaga a concorrência é tão grande que simplesmente não há espaço para um inadimplente. Assim, ele é eliminado da disputa por um critério subjetivo que é impossível de provar e nunca saberá do real motivo, salvo as exceções. Portanto, não é por acaso ou por gosto que muitos profissionais capacitados acabam no trabalho informal.
Portanto, não é por acaso ou por gosto que muitos profissionais capacitados acabam no trabalho informal. É preciso largar a falsa moral e encarar os fatos da realidade, sem hipocrisia, para que seja possível entender a gravidade do problema.
O fato da lei amparar os bancos e financeiras permitindo que recusem contratar um negativado, é um ato de discriminação contra um dono de supermercado, por exemplo. Afinal, ele é também um contribuinte e deve ter o direito de escolha sobre quem ele contrata ou não.
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O negativado fica em desvantagem ao concorrer para a vaga
Ninguém quer tocar no tema delicado, mas real, de que a inadimplência também pode ser fruto de hábitos desregrados e irresponsáveis. É aqui onde entra a sabedoria popular que afirma: em muitos casos o justo paga pelo culpado.
Logo, entre dois candidatos de igual competência, um negativado e outro com nome limpo, a possibilidade de um recrutador escolher quem tem o nome sujo é muito remota. No mínimo o negativado terá que se ausentar do trabalho em algum momento para resolver o problema.
Como ficou demonstrado, é mais uma questão social e moral do que legal. O ideal para um candidato a uma vaga é procurar um parcelamento e solucionar o caso, para ficar em igualdade de condições na competição. Contudo, se ainda precisar de mais informações sobre tão delicado tema assista o vídeo do canal TopInvest Educação Financeira.