
A relação entre o governo do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e o Centrão, bloco de partidos que domina o Congresso Nacional, tem chamado a atenção por diferentes razões. Uma delas é a troca de apoios entre eles. E para o comentarista político Felipe Moura Brasil, tratam-se de interesses próprios de cada lado.
Em edição do programa “Salve, Salve, BandNews”, o jornalista e comentarista político avaliou as razões pelas quais os partidos do Centrão estariam relutando qualquer chance de pautar um possível impeachment de Jair Bolsonaro neste momento.
Levando em consideração que Arthur Lira (PP-AL) foi eleito como presidente da Câmara dos Deputados, com apoio do presidente da República, e também é o líder do Centrão no Congresso, Felipe Moura diz que os partidos do “centro” estão pensando em um interesse próprio antes de qualquer outro passo.
Centrão vê governo Bolsonaro frágil e por isso articula para ganhar mais poder, diz Felipe Moura Brasil
Na opinião do comentarista, o interesse principal do Centrão é de conquistar mais uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando aproveitar que o então ministro Marco Aurélio Mello, de 74 anos, já anunciou aposentadoria para o mês de julho.
Felipe Moura Brasil acredita que o Centrão vê o governo Bolsonaro como frágil, apesar de discurso valente, e por isso, articula em busca dos próprios interesses.
“É claro que a tendência é que os pedidos de impeachment que já existem contra Jair Bolsonaro não vá para frente agora. O motivo base é que o centrão quer emplacar outro ministro no Supremo Tribunal Federal. Este é o motivo mais próximo. Pelo menos vão arrastar até 5 de julho, quando Marco Aurélio já anunciou que vai deixar seu cargo de ministro no STF. Porque o centrão gosta de ter um presidente frágil, nas cordas, mesmo que posando de valente, sem dar o braço a torcer em seu discurso, mas está entregando tudo ao centrão”.
Segundo Moura Brasil, a ideia é de garantir um ministro que garanta “impunidade” a quem faz parte do grupo dos partidos que formam o centrão.
“O centrão já conseguiu a secretaria de governo, a articulação política, já emplacou o ministro anterior no STF e agora quer emplacar outro. E outro garantista da impunidade. Não querem ninguém que pegue pesado contra improbidade administrativa, sobre corrupção, lavagem de dinheiro. O centrão tem esse interesse e Jair Bolsonaro vai fazer mais uma vez o favor para o centrão, se tudo ocorrer como está neste momento, com toma lá, dá cá”.
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