Os axiomas de Zurique: um resumo das estratégias dos banqueiros suíços

Tudo o que você precisa saber deste best seller, e como pensam os maiores banqueiros do mundo para ganhar dinheiro no mercado financeiro.

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Revisado por: (Sara Jerônimo de Araújo)
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O título é pomposo, mas o livro é pequeno e fácil de ler. Trata-se da obra Os Axiomas de Zurique, escrita por Max Gunther. Criticado por alguns, admirado por outros, esse pequeno livro conseguiu se tornar um sucesso de vendas no mundo inteiro. Assim, nesta terça-feira, 8 de março, você vai aprender tudo sobre este best seller do mercado financeiro.

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Como qualquer texto, é importante ler e fazer uma reflexão crítica antes de sair por aí aplicando os princípios sobre os quais Gunther escreveu. Afinal, ele mesmo alerta: os conselhos são “assustadores” e contradizem alguns dos “clichês” do mercado financeiro. Por isto, o Humor do Mercado preparou um resumo para você ficar por dentro do livro se ainda não leu.

A origem dos “axiomas de Zurique”

Inicialmente, a Suíça tem uma das melhores rendas per capita do mundo, excelente IDH, e dona da maior concentração de bilionários e banqueiros do mundo. Entretanto, é um país menor do que o Rio de Janeiro, muito frio e de geografia montanhosa. Não tem capacidade de cultivo, nem riquezas minerais.

Então, como pode a Suíça ser tão rica e poderosa? Primeiramente, os suíços é um povo que tem no sangue a arte da especulação. É de longe, um povo que gosta e sabe investir muito bem o seu próprio dinheiro e fazer fortunas.

Segundo o autor, a expressão “axiomas de Zurique” foi cunhada em Nova York em uma espécie de clube composto por banqueiros e empresários suíços. Além disso, teriam feito fortuna aplicando em ações, imóveis e outros ativos. Seu pai seria um deles.

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Os axiomas de Zurique: um resumo das estratégias dos banqueiros suíços - Reprodução Pixabay
Os axiomas de Zurique: um resumo das estratégias dos banqueiros suíços – Reprodução Pixabay

Primeiro axioma: risco

  • “Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado é porque não está arriscando o bastante.”

Neste capítulo, Gunther compara 2 jovens moças que investiram seu capital. Uma aplicou em poupança com renda fixa, a outra aplicou em ações. Mas, em um dado momento a que aplicou em ações, chegou a perder parte do patrimônio, mas no final ficou milionária.

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A outra que aplicou em poupança, ficou na média durante a vida toda, porém na velhice seu patrimônio perdeu para todas as outras aplicações do mercado. Agora, corre o risco de não conseguir se manter na aposentadoria.

Segundo axioma: ganância

  • “realize sempre o lucro cedo demais”.

Continuando, este capítulo diz sobre a ganância. É melhor o lucro no bolso do que oscilando no mercado. Se você conseguiu um lucro na especulação do tamanho que calculou ou pelo menos próximo dele, é melhor realizar o mais rápido possível.

Além disso, o segundo axioma alerta que pela ganância, milhares de pessoas já perderam muito patrimônio esperando um lucro muito além do que calcularam no início. Assim, é melhor sair mais cedo ganhando pouco, do que tarde e perdendo tudo.

Sétimo axioma: intuição

  • “Só pode confiar em um palpite que pode ser explicado”.

Cuidado para não confundir intuição com esperança! Você provavelmente terá palpites com frequência, e se for capaz poderá utilizá-los. Porém, tenha como hábito testar os seus palpites, analise se tem conhecimento sobre o assunto.

E ainda, nunca deixe de estudar, ler e se atualizar sobre investimentos. Portanto, um palpite errado pode ser muito perigoso, então só aposte se você realmente se sentir preparado.

Décimo axioma: consenso

  • “Fuja da opinião da maioria, provavelmente está errada”.

Neste décimo, Gunther diz sobre os investidores que acabam pagando mais caro para entrar, por ouvir a opinião da maioria que está na manada. Nem sempre a maioria tem razão, sendo mais fácil poucos estarem certos do que muitos.

Portanto, não se influencie pela opinião da maioria, busque conhecimento, pesquise, raciocine por você mesmo. Tente entrar antes da manada, pagando barato por aquilo que você acredita que tenha chances de valorizar no futuro.

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Regras para especular

Gunther deixa claro que os 12 grandes princípios do livro são para especular. A obra trata de riscos e como administrá-los ao aplicar o dinheiro em moedas, ações de empresas, imóveis e outros investimentos.

Deste modo, ao falar sobre risco, afirma: “preocupação não é doença. Se a pessoa não estiver preocupada, não está arriscando o bastante”. Sobre intuição argumenta que “só se pode confiar em um palpite que possa ser respaldado por fatos”.

Porém, aos que cometem um erro em alguma aplicação, o autor é taxativo: “quando o barco começa a afundar, a ordem é abandoná-lo e não perder tempo com preces”. Uma clara referência a vender, mesmo com prejuízo, um investimento mal feito.

Críticas aos axiomas de Zurique

Ademais, são dezenas de regras para os investidores se arriscarem e, se tudo der certo, ganharem dinheiro. O problema é exatamente esse: correr demasiado risco é para profissionais. Especular com imóveis, com a Bolsa de Valores, com o câmbio e em outras áreas, exige treinamento, um profundo conhecimento do setor em que atua e bom manejo de risco, além de um capital de risco.

No entanto, a crítica que muita gente faz ao livro é que, se o pequeno investidor se arriscar tanto quanto o autor propõe, pode acabar comprometendo seriamente seu capital em negócios altamente especulativos. Em outras palavras, poderá perder rapidamente o dinheiro conquistado com o suor do trabalho.

Vale a pena ler os ‘axiomas de Zurique’?

Primeiramente, para quem tem experiência, principalmente, com operações especulativas de curto prazo em Bolsa de Valores, por exemplo, o livro traz algumas afirmações comprovadamente corretas em determinados contextos como “fuja da opinião da maioria” e “realize o lucro cedo demais”.

Mas, para os novatos investidores de longo prazo (cinco, dez anos) a obra de Gunther pode criar confusão. Isto porque desestimula aplicar em ativos cujo retorno financeiro virá ao longo de cinco anos, dez anos ou mais.

Sendo assim, o livro choca investidores que seguem estratégias como as formuladas por Benjamin Graham, que no livro O Investidor Inteligente dá a receita para ser bem-sucedido em operações de longo prazo no mercado de ações.

Entretanto, vale a pena ler a obra Os Axiomas de Zurique, desde que sob uma ótica crítica, e extrair o que ele tem de útil, mesmo que o leitor acredite que mercado financeiro não seja dominado por “axiomas”.

Por fim, gostou do conteúdo? Conte nos comentários o que achou! Como vale a pena aprender os conceitos do livro os axiomas de Zurique, considere assistir o audiobook completo pelo canal “O Velho snake”. Em suma, é isso! Até a próxima!

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