Atualmente, o dinheiro vem migrando cada vez mais para o mundo digital. Assim sendo, seguindo essa nova tendência, o Banco Central do Brasil começou um projeto para criação do real digital. E dessa forma hoje, quarta-feira, 9 de março de 2022, vamos contar tudo sobre esse projeto.
De antemão a página Humor do Mercado vai contar tudo sobre o audacioso projeto do Banco Central do Brasil.
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De maneira idêntica a China e a Índia o Brasil também está com o audacioso projeto de digitalizar sua moeda.
A princípio a maior parte dos países observam nas CDBC’s (da sigla em inglês para Central Bank Digital Currency) uma maneira de melhorar a eficiência do mercado de pagamentos.
Dessa maneira, o BC vem acompanhando o tema, e em 2020 criou um grupo de trabalho para realizar estudos sobre uma moeda digital.
Entenda o real digital
Inicialmente o real digital trata-se de uma moeda alternativa com o mesmo valor do dinheiro físico. Assim, a ideia do Banco Central é criar uma carteira virtual, que ficará sob custódia de um agente autorizado do BC, uma instituição de pagamento ou banco.
Dessa maneira, o real em versão digital terá o mesmo valor que a moeda física e também poderá ser convertida a qualquer momento tanto para moeda física como para depósito bancário.
Assim, para avançar com a ideia, no dia 30 de novembro do ano passado, o Banco Central lançou uma edição especial do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas de Desafio do real digital.
Dessa forma, chamado de LIFT Challenge Real Digital, ele buscava avaliar, por exemplo, usos e viabilidade tecnológica.
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Quem está nesse projeto
Porém, na quinta-feira (3), 9 projetos foram selecionados para serem implementados a partir do próximo dia 28. São eles:
- AAVE – recursos de vários poupadores (afim de formar um pool de liquidez) para oferecer empréstimo e garantindo a aderência dessas operações às normas do sistema financeiro;
- BANCO SANTANDER BRASIL – conversão de DvP (Delivery versus Payment) para o formato digital do direito de propriedade (imóveis e veículos)
- FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos)– DvP de ativos financeiros;
- GIESECKE + DEVRIENT – pagamentos dual offline;
- ITAÚ UNIBANCO – pagamentos internacionais, empregando método de PvP (payment versus payment) em uma aplicação com a Colômbia;
- MERCADO BITCOIN – DvP de ativos digitais, com foco em criptoativos;
- TECBAN – solução de logística para e-commerce baseada em técnicas de internet das coisas;
- VERT (associada à Digital Assets e à Oliver Wyman) – financiamento rural baseado em um ativo tokenizado programável com valor atrelado ao do real (stablecoin do Rral);
- VISA DO BRASIL (associada à Consensy e à Microsoft) – financiamento de pequenas e médias empresas com base em uma solução DeFi.
Segundo o Banco central a ideia é que o real digital se torne uma alternativa de complemento ao dinheiro físico e não pensa, a curto e médio prazo, que o dinheiro físico seja substituído pelo digital.
Porém, em contrapartida, o maior receio do BC é que o brasileiro ainda não esteja pronto para lidar com esta tecnologia.
Em suma, o projeto parece extremamente audacioso e a previsão é de que esteja pronto e implementado até o ano de 2024.
Para finalizar, assista ao vídeo do canal “Fernando Ulrich” com informações adicionais sobre esse projeto.