O noticiário internacional tem sido tomado nas últimas semanas por notícias que lembram o auge da Guerra Fria. Enquanto a Rússia posiciona uma ampla força militar na fronteira da sua vizinha Ucrânia, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) encara como uma ameaça. Liderada pelos Estados Unidos, a aliança militar reage com ameaças de sanções. Nesta segunda-feira, dia 14 de fevereiro de 2022, veremos mais sobre este conflito.
Embora este cenário pareça ser apenas mais uma costumeira troca de ameaças entre potências militares e econômicas. No entanto, podem gerar consequências reais para a economia mundial, afetando os preços do petróleo, por exemplo. Dessa forma, o blogue Humor do Mercado apresenta uma visão geral sobre o tema e com tal disputa afeta a economia mundial.
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Como se iniciou este conflito envolvendo Rússia, Ucrânia e OTAN?
A relação entre russos e ucranianos é conturbada a séculos, transitando entre momentos de profunda amizade e animosidade inconciliável. Os atuais conflitos têm sua origem já no período do desmantelamento da URSS, quando Russos e Ucranianos e os últimos iniciaram um processo de aproximação com o ocidente. Por outro lado, a aliança militar da OTAN se aproveitou do momento de fraqueza para agregar antigos aliados e ex-repúblicas soviéticas, se aproximando da fronteira russa.
Em 2008, a Ucrânia iniciou processo de adesão a OTAN, o que colocaria os militares ocidentais em contato fronteiriço com a Rússia. Em 2014, após a queda de um presidente aliado a Moscou, o presidente russo Vladimir Putin iniciou uma ofensiva militar que anexou a península da Crimeia e incentivou separatistas de duas provinciais ucranianas a rebelião armada.
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Com essa situação congelada por vários anos, no final de 2021, Putin ordenou uma ampla mobilização militar na fronteira ucraniana, fomentando as expectativas de uma invasão a Ucrânia. Imediatamente a OTAN e seus principais componentes, os Estados Unidos, França e Alemanha passaram a ameaçar sanções contra Moscou.
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Como esta disputa afeta a economia mundial e do Brasil?
A situação de ameaça constante no leste da Europa gera tensões contínuas nos mercados. Primeiramente, é preciso ressaltar que a Rússia é um dos principais produtores de gás e petróleo do mundo. Assim, sanções muito amplas poderiam levar o setor a uma crise e aumento dos preços. Ao mesmo tempo, a principal economia da Europa, a Alemanha, é extremamente dependente do gás barato russo. Uma redução do fornecimento deste combustível em pleno inverno desestabilizaria toda a indústria da União Europeia. Além disso, elevaria a inflação e colocaria milhares de pessoas em risco, devido à falta de gás para se aquecer.
Quanto ao Brasil, é preciso ressaltar que tanto Rússia como os Estados Unidos são grandes parceiros comerciais e as sanções derrubariam imediatamente as exportações brasileiras para a Rússia. Este cenário de aumento nos preços dos combustíveis também seria terrível para o consumidor nacional, pois elevaria os já altos preços praticados nas bombas de combustíveis. Além disso, haveria uma nova e forte pressão na inflação do Brasil, cujo modal de transportes empresarial e doméstico é essencialmente baseado em derivados do petróleo. Para saber mais, veja o vídeo abaixo do canal Gabriela Priori: