Crise no Flamengo: Paulo Sousa tenta agir com naturalidade, mas sabe que está na corda bamba
Paulo Souza vive seu momento mais delicado no comando do Flamengo. Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/ Flamengo
Rio de Janeiro – RJ, 07 de Junho de 2022, por Diogo Coelho– A panela de pressão do Flamengo está a ponto de estourar e o técnico Paulo Souza está por um fio no comando Rubro-Negro. Isto porque, mesmo antes da derrota para o Fortaleza neste domingo (05), o técnico já era muito criticado pela torcida, que deseja um futebol mais convincente. Assim, após a derrota no final de semana, o Flamengo perdeu sua invencibilidade de seis jogos e a torcida perdeu a paciência de vez.
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Torcida do Flamengo na bronca
Então, os 63 mil torcedores no Maracanã pediram a saída do treinador português, que por sua vez, descartou entregar o cargo. Porém, o português sabe que precisa melhorar dentro e fora de campo, e que os próximos dois jogos fora de casa, contra Bragantino e Internacional, podem ser decisivos na sua permanência no clube da Gávea. Confira as palavras do treinador após a derrota no Maracanã:
“Não ganhamos e eles têm direito de se mostrar descontentes e criticar quem for. Temos que ganhar para satisfazer. Deus não me deu espírito de covardia. Tenho muita coragem em momento em que eu possa não agradar. Hoje, não estivemos bem individualmente, todos nós. Amanhã, vamos ter que estar bem melhor para ganhar o adversário e satisfazer o torcedor”, disse Paulo Sousa.
Paulo Souza na berlinda culpa erros técnicos para derrota no Maracanã. Foto: Reprodução/ Gilvan de Souza
Contudo, não foi só o treinador que ouviu ofensas no Maracanã. Isto porque, a torcida rubro-negra vem constantemente criticando o presidente Rodolfo Landim e o Vice de Futebol Marcos Braz. Então, a lua de mel da torcida com o time e a diretoria do Flamengo chegou ao fim após a sequência desastrosa pós 2019, onde foram contratados quatro treinadores e nenhum deles conseguiu chegar perto do sucesso de Jorge Jesus com o estrelado elenco rubro-negro.
Crise na Gávea
Além disso, outro fator que vem atrapalhando bastante o trabalho de Paulo Souza são as crises internas, principalmente o desentendimento com Diego Alves, que ganhou mais um capítulo neste domingo. Isto porque, Diego voltou a ser relacionado para o duelo diante do Fortaleza. Contudo, na hora de ir a campo ele foi o último a saber que não foi escalado nem para o banco de reservas e acabou assistindo a partida no camarote do estádio.
Diego Alves é um pivô dos problemas internos do técnico Paulo Souza. Foto: Reprodução/Gilvan de Souza
Então, além das más atuações, Paulo Souza também não vem tendo jogo de cintura para contornar os problemas internos dentro do elenco. E isso ficou ainda mais claro após a entrevista coletiva em que ele elegeu os erros individuais dos atletas como principal fator para a derrota do Flamengo no Maracanã diante do Fortaleza. Confira as palavras de Paulo Souza:
“A primeira parte foi desastrosa. Tecnicamente, em nível individual, erramos quase tudo. Os erros de passes deram diversas chances aos nossos adversários e impediram que conectássemos o nosso jogo.” – Disse o treinador.
Portanto, em 11ª lugar no Brasileirão, com 12 pontos conquistados em nove rodadas, a situação de Paulo Souza é muito delicada. Assim, a diretoria já pensa na possibilidade de demissão do português e o nome mais cotado para assumir o lugar dele é o técnico campeão brasileiro do ano passado, Cuca.
A multa contratual de Paulo Souza
Por fim, Paulo Sousa tem contrato até dezembro de 2023 com o Flamengo. Contudo, a multa de rescisão é proporcional até o fim de 2022. Ou seja, o valor da multa é referente ao número de salários pendentes até o término de 2022 e dessa forma, vem reduzindo mês a mês. No momento, essa multa gira em torno de R$ 7,7 milhões e não é encarado como um problema no Ninho do Urubu.
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Diogo Coelho
Flamenguista da gema e oriundo de uma família Fla-Flu, vivo o esporte desde que nasci e sou apaixonado por futebol. Assim, me formei como Treinador de Futebol em 2006 e, em 2009, comecei minha pós em Jornalismo Esportivo e Negócios no Esporte. Foi em 2009 também que estreei na área jornalística, no projeto Viva Favela, pela ONG Viva Rio, atuando como assistente de produção e edição de matérias sociais e culturais. Morei alguns anos fora do Brasil, e quando voltei participei das olimpíadas como voluntário, além de trabalhar como Coordenador de Comunicação do projeto social Naves do Conhecimento, da Prefeitura do Rio de Janeiro. Agora, tenho o prazer de seguir minha carreira na área esportiva como redator e radialista.
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