A terça-feira (26) não deu continuidade ao movimento positivo de abertura da semana da B3. O Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, devolveu praticamente toda a alta de ontem, fechando próximo à mínima do dia, em 106.419 pontos, que é a região de preços do fechamento de sexta-feira e abertura desta segunda.
Logo pela manhã, às 9 de Brasília, foi divulgado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que reflete o consumo familiar brasileiro. O importante índice, usado para medir a inflação nacional, apresentou alta de 1,14%, acima 0,17% do consenso do mercado, que esperava alta de 0,97%.
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O desalinhamento do IPCA com as projeções foi o bastante para azedar o humor do mercado. A frustação impactou os principais ativos da B3, reforçando o entendimento de que o índice segue em tendência de baixa e de que o início de uma possível reversão pode demorar mais alguns pregões.
Os papeis das cinco empresas que apresentaram maiores volumes negociados nesta terça-feira fecharam em queda, forçando o índice Ibovespa para baixo. Petrobras, Vale, Bradesco, Itaú e a própria B3:
- PETR4 R$1,663 bilhões -0,96%
- VALE3 R$1,270 bilhões -1,06%
- BBDC4 R$748,48 milhões -2,26%
- ITUB4 R$681,99 milhões -1,08%
- B3SA3 R$647,90 milhóes -5,74%
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O destaque positivo, se é que podemos assim dizer, ficou por conta do volume do pregão abaixo da média, inclusive abaixo do pregão de ontem. Hoje a B3 negociou R$20,598 bilhões e ontem R$23,139 bilhões.
Os principais índices das bolsas norteamericanas
Os quatro principais índices das bolsas norteamericanas praticamente recuaram. O Dow Jones fechou em 35.756 pontos, após abrir com um pequeno gap de alta, fechando o dia com uma pequena variação positiva de 0,04%. O S&P seguiu o mesmo caminho, abertura em gap de alta e recuo durante o pregão, fechou em 4.574,80 pontos com variação positiva a 0,18%
.Nasdaq deve ter combinado com os demais índices, gap de alta na abertura, recuo durante o pregão e fechamento em leve alta de 0,29%. O índice Russsel destoou dos seus pares, abertura em mínimo gap de alta e um recuo considerável durante o pregão, fechando na mínima do dia e próximo a abertura da segunda feira, em 2.296,07 pontos e queda de 0,72%.
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Destaque da agenda desta quarta-feira (27)
Investidores e traders estarão de olho na agenda da quarta-feira. Às 9 de Brasília sairá a taxa de desemprego, que atualmente está em 13,7%. Às 14:30 será a vez da divulgação do fluxo cambial. Após o fechamento do pregão, às 18, a Selic será divulgada. A taxa atual é de 6,25 e a expectativa do mercado é de alta a 7,25%.
A depender da taxa de desemprego, não havendo desconexão para baixo ou para cima, ou mesmo de ruídos do governo, o pregão de quarta-feira esboça temperatura morna, a espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), órgão responsável pela precificação da Selic.