Revisado por: (Sara Jerônimo de Araújo)

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Guerra na Ucrânia: como fica o comércio brasileiro com o conflito no leste Europeu? Descubra

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Franca, terça-feira, 15 de março de 2022 – O conflito no leste Europeu vai afetar bastante o comércio do Brasil segundo matéria do jornalista Raphael Martins do site G1 da Globo, no dia 28 de fevereiro de 2022.

O Humor do Mercado vai trazer para você hoje, como o comércio brasileiro pode sofrer com as sanções econômicas impostas a Rússia mesmo estando tão longe.

Leia também: Guerra da Ucrânia: como as sanções dos Estados Unidos contra a Rússia afetam a economia do Brasil 

Guerra na Ucrânia: como fica o comércio brasileiro com o conflito no leste Europeu? Descubra / Reprodução –Canva

Como pode ficar o comércio brasileiro com a guerra na Ucrânia

As sanções econômicas impostas a Rússia por conta da invasão russa ao território ucraniano, podem ter efeitos colaterais para o comércio brasileiro.

Os efeitos para a economia brasileira podem ser indiretos e diretos, umas das medidas foi de retirar a Rússia do sistema Swift usado para transações internacionais. Com isso, de um lado temos um país vendendo sem receber e do outro um país comprando sem ter como pagar.

Segundo os especialistas, o Brasil pode ser impactado em duas frentes, que são elas: o impedimento do livre comércio com a Rússia, e o preços nas commodities.

Importação

De 100 produtos que o Brasil importa, cerca de 8 são da Rússia, a grande parte de fertilizantes usados na agricultura. Com o conflito no leste Europeu e as sanções impostas a Rússia, produtos importados podem subir.

Dessa forma, os fertilizantes usados no campo ficam mais caros e essa conta acaba sendo repassada ao consumidor nas gôndolas do supermercado.

Dessa maneira, faz com que se prolongue ainda mais a inflação nos preços dos alimentos consumidos pelos brasileiros.

Exportação

Por outro lado, o país também perde nas exportações, pois no ano passado, o Brasil exportou diversos produtos para a Rússia.

Cerca de 350 milhões em soja, 320 milhões de carne e 120 milhões em café e grãos. Porém, a Rússia é apenas a 35° maior compradora do Brasil.

Confira também: Rússia é excluída do sistema Swift usado para transferências internacionais

Petróleo e outras commodities

Outros produtos no qual o Brasil também pode sofrer com o aumento de preços são o petróleo, o gás natural e o trigo. O petróleo é com certeza onde mais afetará o bolso dos brasileiros, ao passo que a Petrobras usa o preço do dólar como sua política de preços.

Assim, com a diminuição da oferta de petróleo no mundo, onde a Rússia é uns dos maiores produtores, o preço do barril virá a subir.

Da mesma forma, pode vir a acontecer com o gás natural, onde a Rússia é fornecedora para a Europa, e com isso  indústrias da Europa que dependem do gás natural podem ter suas produções afetadas.

E assim, produtos que o Brasil importa dessas indústrias ficarão mais caros. Porém, já em relação ao trigo o Brasil, não exporta boa parte da produção da Rússia e sim da Argentina.

Contudo, a Argentina passa por uma seca que afetou a produção agrícola, com isso a Rússia, que é a maior produtora mundial de trigo, e a Ucrânia, que é a quarta maior, vão acabar restringindo a oferta.

Bloqueio das reservas

Outra sanção imposta a Rússia é o congelamento das reservas financeiras do Banco Central russo no exterior. Com isso o país não consegue estabilizar a moeda e tirar a pressão da inflação, sendo esse mais um fator de instabilidade na economia Mundial.

Como resultado o rublo caiu cerca de 30% e o governo de Vladimir Putin aumentou os juros de 9% para 20% numa medida de tentar conter a queda do rublo.

Neutralidade brasileira

Já em relação ao Brasil, ao contrário da grande maioria dos países do mundo adota neutralidade no conflito. O presidente Jair Bolsonaro esteve em visita à Rússia um poucos antes da invasão à Ucrânia.

“Nós temos que ter muita responsabilidade, porque temos negócios, em especial com a Rússia. O Brasil depende de fertilizantes”, disse Bolsonaro.

O presidente também já havia dito ser “solidário” a Rússia, Jen Psaki, porta-voz da casa branca, disse que o Brasil parece estar do outro lado de onde a maioria dos países se encontra.

Para Sérgio do Vale, desse modo essa posição do Brasil pode trazer consequências a longo prazo, já que pode ficar a imagem que o Brasil escolheu o lado errado da história

“Para empresas e mercados financeiros que olham práticas políticas dos países em que se encontram, isso pode afetar investimentos. São percepções intangíveis que entram na agenda ESG e que podem afetar decisões”, diz o economista.

No vídeo do canal “Rede TVT” podemos ver como a guerra no leste Europeu pode vir a impactar na economia brasileira.

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Sheila Melo Sabatini Henke: "O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las." (Mário Cortella) Apaixonada pelo conhecimento, divido meu tempo entre compartilhar conhecimento e cuidar da minha família.